Um dos maiores sites dedicados à produção e distribuição de deepfakes pornográficos não consensuais, o Mr. Deepfakes, encerrou suas atividades. A notícia, recebida com alívio por muitos, surge após a perda de um provedor de serviços essencial, levando à inviabilidade da manutenção da plataforma. A mensagem no site confirma que não haverá relançamento e alerta para sites falsos que venham a surgir.
O Mr. Deepfakes havia se tornado um ponto de encontro para criadores e consumidores de conteúdo deepfake pornográfico. Usuários podiam enviar vídeos, conectar-se com outros criadores para encomendar produções e colaborar no desenvolvimento de novas técnicas. A plataforma também servia como um espaço para compartilhamento de métodos e conjuntos de dados, tudo com o objetivo de gerar material não consensual, frequentemente com semelhanças impressionantes a pessoas reais. A identidade do criador do site permanece tecnicamente anônima, embora um jornal alemão tenha rastreado um indivíduo em Toronto supostamente ligado à operação.
O fechamento do Mr. Deepfakes ocorre em um momento em que governos ao redor do mundo intensificam seus esforços para criminalizar a criação e distribuição de deepfakes sexualmente explícitos. Nos Estados Unidos, o Congresso aprovou uma lei que torna crime a publicação de imagens sexualmente exploratórias não consensuais, incluindo deepfakes. O Reino Unido também tem buscado legislar sobre o tema, buscando criminalizar a produção desse tipo de conteúdo, atualmente apenas a distribuição é considerada ilegal. A Comissão Europeia também propôs novas regras para criminalizar o compartilhamento de imagens íntimas não consensuais, incluindo deepfakes, demonstrando uma crescente preocupação global com o potencial danoso dessa tecnologia.
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