Em um cenário político frequentemente marcado por divisões, a busca por soluções para proteger as crianças online pode encontrar um caminho promissor na colaboração bipartidária. A crescente influência das grandes empresas de tecnologia (Big Tech) na vida dos jovens levanta sérias preocupações sobre segurança e bem-estar, e a união de forças entre diferentes espectros políticos surge como uma estratégia crucial para responsabilizar essas empresas.
A dificuldade em aprovar leis de proteção infantil online reside, em parte, na capacidade da Big Tech de exercer influência em ambos os lados do espectro político. Ao invés de focar em ideologias, essas empresas priorizam seus próprios lucros, explorando brechas e divisões para evitar regulamentações eficazes. A polarização política, portanto, torna-se uma ferramenta nas mãos da Big Tech, permitindo que continuem operando com pouca supervisão e sem a devida consideração pelos riscos que seus produtos representam para as crianças.
Exemplos de esforços bipartidários, como a lei KOSA (Kids Online Safety Act), demonstram o potencial de colaboração para enfrentar os desafios impostos pela Big Tech. Embora essa lei não tenha sido aprovada, o apoio de senadores de diferentes partidos sinaliza uma crescente conscientização sobre a necessidade de proteger as crianças online. A esperança é que, mantendo o foco na segurança infantil e evitando a politização do tema, seja possível construir um consenso que resulte em regulamentações eficazes e na responsabilização das empresas de tecnologia.
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