Uma controversa proposta da administração Trump visa desmantelar a Consumer Product Safety Commission (CPSC), a agência independente responsável por emitir recalls e proteger os consumidores nos Estados Unidos de produtos perigosos. A proposta, que surgiu através do Office of Management and Budget, sugere que as responsabilidades da CPSC sejam transferidas para uma divisão inexistente dentro do Departamento de Saúde e Serviços Humanos. A medida gerou forte oposição de legisladores e defensores dos direitos do consumidor, que temem que isso possa levar a uma fiscalização reduzida e colocar os consumidores em risco.
Para dar início ao processo, Trump demitiu os três membros democratas da comissão sem justa causa. Comissários como Mary Boyle e Richard Trumka Jr. receberam e-mails informando sobre suas demissões. Alexander Hoehn-Saric, outro comissário, afirmou que o presidente interino da comissão o está impedindo de cumprir suas funções. Ações como essas levantam questões sobre a independência de agências reguladoras e o impacto na segurança dos produtos que utilizamos diariamente, especialmente aqueles relacionados à tecnologia. A CPSC desempenha um papel crucial na garantia de que dispositivos eletrônicos, brinquedos tecnológicos e outros produtos de consumo atendam aos padrões de segurança e não representem riscos para os usuários.
A eliminação da CPSC, ou pelo menos de sua ala democrata, significa que as empresas enfrentarão muito menos escrutínio sobre os produtos que vendem. Várias empresas prefeririam não lidar com o incômodo de recalls e multas. A Amazon até propôs em março que a CPSC era muito poderosa e chamou a agência de “inconstitucionalmente construída”. Sob a administração Trump, essas reclamações estão aparentemente sendo ouvidas e atendidas. A possível dissolução da CPSC pode ter consequências significativas para a indústria de tecnologia. Com menos supervisão regulatória, há o risco de que produtos defeituosos ou perigosos cheguem ao mercado, colocando em risco a saúde e a segurança dos consumidores. É crucial que haja um equilíbrio entre inovação e regulamentação para garantir que os avanços tecnológicos não ocorram à custa da segurança do público.
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