O Tinder está intensificando seus esforços para garantir a segurança e a autenticidade de seus usuários. A partir de hoje, novos usuários na Califórnia serão obrigados a passar por um processo de verificação facial. Essa medida, implementada como um programa piloto, tem como objetivo principal confirmar se os usuários são realmente quem afirmam ser, combatendo a proliferação de contas falsas e golpes românticos, que infelizmente se tornaram comuns em aplicativos de relacionamento.
A funcionalidade, denominada Face Check, solicita aos usuários que gravem um breve vídeo selfie. A tecnologia de reconhecimento facial então analisa o vídeo, comparando os indicadores biométricos faciais com as fotos de perfil do usuário. Além disso, o sistema verifica se o mesmo rosto está sendo usado em múltiplas contas, um forte indicativo de perfis fraudulentos. Uma vez que a verificação é concluída com sucesso, o usuário recebe um selo de verificação em seu perfil, atestando sua autenticidade. É importante ressaltar que o vídeo selfie é então apagado, embora um mapa facial encriptado seja mantido para futuras detecções de duplicidade. Vale a pena notar que este processo é distinto do ID Check, que requer o envio de uma cópia de um documento de identidade emitido pelo governo.
A escolha da Califórnia como o próximo campo de testes para o Face Check se deve ao seu tamanho, diversidade demográfica e rigorosas leis de privacidade online, conforme declara Yoel Roth, chefe de confiança e segurança da Match Group, empresa controladora do Tinder. A empresa já vinha experimentando essa tecnologia desde 2020, começando no Japão e expandindo para o Canadá e a Colômbia no início deste ano. Se o programa piloto na Califórnia se mostrar eficaz, a verificação facial poderá ser implementada em todo o território dos Estados Unidos. Esta iniciativa surge em um momento em que a Match Group enfrenta desafios, incluindo investigações sobre a segurança de seus usuários e a recente demissão de 13% de sua equipe, refletindo as dificuldades no mercado de aplicativos de relacionamento, que também viu a Bumble reduzir seu quadro de funcionários em 30%.
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