Uma nova pesquisa revelou que o TikTok, plataforma de mídia social extremamente popular, está repleto de informações incorretas sobre saúde mental. O estudo, publicado no The Guardian, analisou os 100 vídeos mais populares com a hashtag #mentalhealthtips e constatou que mais da metade continha algum tipo de desinformação. Essa descoberta levanta sérias preocupações sobre o impacto da plataforma na saúde mental dos seus usuários, especialmente os mais jovens e vulneráveis.
Os especialistas identificaram quatro temas principais de desinformação predominantes nos vídeos analisados. Um deles é a patologização de emoções normais, onde sentimentos cotidianos como cansaço ou ansiedade são apresentados como sintomas claros de transtornos mentais específicos. Outro tema é o uso inadequado da linguagem terapêutica, com descrições imprecisas de transtornos mentais ou o uso de termos como “abuso” fora de contexto. A categoria mais comum, no entanto, foi a de tratamentos não comprovados e alegações falsas, incluindo promessas de curas rápidas para traumas ou a alegação de que certos alimentos causam depressão.
O estudo também destacou a presença de evidências anedóticas, com criadores de conteúdo recomendando tratamentos específicos com base apenas em suas próprias experiências. Embora o TikTok afirme remover conteúdo problemático e desinformação, a pesquisa sugere que a plataforma ainda tem um longo caminho a percorrer para garantir a precisão das informações relacionadas à saúde mental. A disseminação de informações incorretas pode levar a diagnósticos errados, tratamentos inadequados e, em última análise, piorar a saúde mental dos usuários. É crucial que as plataformas de mídia social assumam a responsabilidade de moderar o conteúdo e promover informações precisas sobre saúde mental.
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