Astrônomos estão utilizando o poder combinado dos telescópios espaciais James Webb (JWST) e Hubble para intensificar a busca por atmosferas em exoplanetas rochosos. O foco principal são os planetas que orbitam estrelas anãs vermelhas, também conhecidas como anãs M, que são menores e mais frias que o nosso Sol, mas extremamente comuns na galáxia. A descoberta de atmosferas nesses mundos distantes poderia revolucionar nossa compreensão sobre a possibilidade de vida fora da Terra.
Dois novos exoplanetas, LHS 1140 b e LTT 1445 Ab, foram adicionados à lista de alvos prioritários para esta investigação. LHS 1140 b, um pouco maior e mais massivo que a Terra, já demonstrou potencial para abrigar um oceano e até mesmo uma atmosfera rica em nitrogênio. LTT 1445 Ab, aproximadamente do tamanho da Terra, faz parte de um sistema estelar triplo, adicionando complexidade e interesse ao seu estudo. A pesquisa se concentra em identificar sinais de dióxido de carbono, um gás crucial para reter calor, usando a técnica de eclipse secundário.
A técnica de eclipse secundário envolve medir a luz combinada da estrela e do planeta quando estão lado a lado. Em seguida, quando o planeta passa atrás da estrela, os cientistas medem apenas a luz da estrela. A diferença entre essas duas medições revela a luz emitida pelo planeta, permitindo que os astrônomos analisem a composição de sua atmosfera. Enquanto o JWST se concentra na busca por dióxido de carbono, o Telescópio Espacial Hubble estuda a radiação ultravioleta emitida pelas anãs vermelhas, um fator crítico que pode afetar a habitabilidade dos exoplanetas. A combinação dessas observações oferece uma visão abrangente do potencial de habitabilidade desses mundos rochosos em torno de estrelas anãs vermelhas, um passo significativo na busca por vida além do nosso sistema solar.
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