O governo dos Estados Unidos anunciou um alívio temporário nas tarifas de importação de peças automotivas, uma medida que visa atender às preocupações das montadoras americanas. Anteriormente, as empresas eram obrigadas a pagar uma tarifa de 25% sobre todas as peças utilizadas na montagem de veículos no país. Com a nova ordem executiva, elas poderão deduzir um valor equivalente a 3,75% do preço de um carro novo fabricado nos EUA até 30 de abril de 2026, e 2,5% até 30 de abril de 2027.
Além disso, as montadoras agora pagarão tarifas apenas sobre o aço ou as peças automotivas, e não sobre ambos como era anteriormente, escolhendo qual dos dois representa o valor mais alto. Essa mudança, segundo relatos, ocorreu a pedido dos fabricantes, que alegaram precisar de tempo para transferir a produção de peças para os Estados Unidos. O governo declarou que essa medida visa auxiliar as empresas durante essa fase de transição, evitando penalizá-las.
A Casa Branca explicou que a taxa de 3,75% foi calculada multiplicando 15% das peças importadas que compõem o preço de venda de um veículo pela tarifa de importação atual de 25%. Isso significa que, se um carro de US$ 40.000 tiver US$ 6.000 ou 15% de peças importadas, o fabricante efetivamente não pagará tarifas. No entanto, qualquer percentual maior de peças estrangeiras resultará no pagamento de alguma tarifa. O governo americano também afirmou que esses incentivos não terão custo para os contribuintes, pois serão financiados pelas tarifas arrecadadas. Vale destacar que o déficit comercial dos EUA em peças automotivas foi de US$ 93,5 bilhões em 2024, com uma parcela significativa proveniente do Canadá, onde muitos veículos americanos também são fabricados. A motivação para essa produção no Canadá reside nos custos mais baixos, principalmente devido aos elevados gastos com saúde dos funcionários nos EUA, indicando que mesmo com mais produção nos EUA, os preços dos carros podem continuar a subir.
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