A Comissão Federal de Comunicações (FCC) deu sinal verde para a aquisição da Paramount Global pela Skydance Media, em um negócio avaliado em US$8 bilhões. A aprovação regulatória remove um obstáculo significativo para a concretização da transação, que engloba a Paramount e suas subsidiárias, incluindo a rede de televisão CBS.
O presidente da FCC, Brendan Carr, expressou seu apoio à aquisição, destacando o compromisso da Skydance em promover mudanças significativas na CBS. Carr mencionou que a Skydance se comprometeu, por escrito, a garantir que a programação de notícias e entretenimento da CBS reflita uma diversidade de pontos de vista políticos e ideológicos. Adicionalmente, a empresa se comprometeu a não implementar programas de Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI).
Apesar da aprovação geral, a comissária da FCC, Anna M. Gomez, manifestou sua discordância com o acordo, citando o pagamento de US$16 milhões feito pela Paramount para resolver um processo movido por Donald Trump relacionado a uma entrevista com Kamala Harris na CBS durante a campanha presidencial de 2020. Gomez argumenta que o pagamento e outras concessões problemáticas da Paramount para resolver o processo comprometem a liberdade de imprensa e a independência editorial. A comissária ainda alertou sobre o precedente perigoso de usar o poder da FCC para influenciar decisões editoriais e obter concessões financeiras.
A Skydance planeja reestruturar a tecnologia de streaming da Paramount e reduzir custos sob a liderança do novo CEO, David Ellison. A Paramount investiu bilhões em seu serviço de streaming, Paramount+, que ainda não gerou lucro. A empresa declarou que os US$16 milhões pagos no acordo com Trump serão destinados à futura biblioteca presidencial do ex-presidente, e não a ele diretamente ou indiretamente.
O futuro da Paramount sob a liderança da Skydance será acompanhado de perto, especialmente em relação às mudanças prometidas na programação da CBS e no desenvolvimento da plataforma de streaming Paramount+. O debate sobre a influência da FCC em decisões editoriais e acordos legais privados também deve continuar, levantando questões importantes sobre a liberdade de imprensa e o papel do governo na mídia.
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