Um satélite crucial para o monitoramento de emissões de metano, o MethaneSAT, financiado pelo Bezos Earth Fund, sofreu uma perda de energia no espaço e pode ser irrecuperável. A equipe em terra perdeu contato com a espaçonave em 20 de junho, mas continuou tentando restabelecer a comunicação até que, na manhã de 1º de julho, foi constatado que o satélite havia perdido toda a sua energia.
O MethaneSAT, desenvolvido pelo Environmental Defense Fund (EDF), tinha como objetivo rastrear emissões de metano anteriormente indetectáveis, desempenhando um papel vital no combate às mudanças climáticas. O metano é o segundo maior contribuinte para o aquecimento global, superado apenas pelo dióxido de carbono. As principais fontes de emissão incluem agricultura, combustíveis fósseis e decomposição de resíduos. Apesar da perda do satélite, a equipe do MethaneSAT reafirmou seu compromisso de colaborar com outros cientistas para aproveitar os algoritmos e softwares desenvolvidos para o projeto. Além disso, continuarão a processar os dados que o satélite conseguiu transmitir.
Lançado em março de 2024, o MethaneSAT foi projetado para responsabilizar os países que se comprometeram a reduzir suas emissões de metano. As observações do satélite já forneceram informações cruciais sobre a distribuição e o volume de metano liberado pelas regiões de produção de petróleo e gás. Cientistas também desenvolveram a capacidade de interpretar as medições do espaço e traduzi-las em volumes de metano liberados, um conhecimento que poderá ser aplicado em futuras missões. A missão também utilizou algoritmos baseados no Google Cloud para calcular e monitorar as emissões de metano em regiões específicas, com o apoio de cientistas de Harvard e Smithsonian. A perda do satélite é um revés, mas o legado de dados e tecnologia desenvolvidos para o projeto continuará a impulsionar os esforços para mitigar as emissões de metano e combater as mudanças climáticas.
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