A Ring, empresa de segurança doméstica pertencente à Amazon, reacendeu a polêmica sobre privacidade ao retomar a parceria com a Axon, fabricante de armas de choque Taser. A colaboração permite que as autoridades policiais solicitem acesso a vídeos gravados pelas câmeras de campainha dos usuários, revertendo uma decisão de 2024 que havia interrompido essa prática.
Essa mudança estratégica coincide com o retorno de Jamie Siminoff, fundador da Ring, à Amazon. Sob sua liderança renovada, a empresa está investindo fortemente em inteligência artificial e fortalecendo os laços com as forças de segurança. A nova parceria com a Axon possibilita que a polícia solicite vídeos diretamente através do sistema de gerenciamento de evidências da Axon. Além disso, a Ring estuda a possibilidade de permitir que os usuários transmitam vídeos ao vivo de suas campainhas diretamente para as autoridades.
Apesar de Siminoff defender a parceria como uma forma de fortalecer a segurança nos bairros, a medida tem gerado preocupações internas e externas sobre a privacidade dos usuários e o uso dos dados coletados. Em 2023, a Amazon já havia concordado em pagar uma multa de US$ 5,8 milhões à Federal Trade Commission por espionar usuários da Ring e da Alexa, embora a empresa tenha negado qualquer irregularidade. A retomada da colaboração com a polícia levanta questões sobre o equilíbrio entre segurança e privacidade na era da vigilância tecnológica.
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