O governo dos Estados Unidos está expandindo o uso de tecnologia de reconhecimento facial, desta vez para monitorar as saídas do país por via terrestre. A Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) planeja fotografar todos os ocupantes de veículos que se dirigem ao México ou Canadá, incluindo passageiros nos bancos traseiros. O objetivo é utilizar o reconhecimento facial para comparar as imagens com documentos de viagem, como passaportes e vistos, numa tentativa de reforçar o controle de fronteiras.
A medida levanta questões importantes sobre privacidade e o uso de tecnologia de vigilância. A CBP alega que o sistema ajudará a rastrear movimentos e garantir a segurança das fronteiras. No entanto, críticos argumentam que a coleta massiva de dados biométricos pode levar a abusos e discriminação. Além disso, a precisão da tecnologia de reconhecimento facial ainda é uma preocupação, como demonstrado em testes anteriores, onde as câmeras da CBP atenderam aos requisitos de validação de correspondência facial apenas 61% das vezes em uma travessia Texas-México.
Esta iniciativa reflete uma tendência crescente no uso de tecnologias de vigilância em fronteiras e aeroportos em todo o mundo. A capacidade de identificar indivíduos através de reconhecimento facial oferece novas ferramentas para as autoridades, mas também exige um debate cuidadoso sobre os limites da vigilância e a proteção dos direitos individuais. A implementação dessa tecnologia levanta questões sobre o equilíbrio entre segurança nacional e liberdades civis, um tema cada vez mais relevante na era da tecnologia de vigilância onipresente.
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