A NSO Group, empresa israelense de tecnologia conhecida por desenvolver o spyware Pegasus, solicitou um novo julgamento em um caso judicial, contestando a indenização de US$167 milhões que foi ordenada a pagar. A empresa argumenta que o valor é “excessivo” e alega que o júri demonstrou intenção de “falir” a companhia.
O software Pegasus, desenvolvido pela NSO Group, tem sido amplamente utilizado para vigilância governamental, com alegações de que foi empregado para espionar jornalistas, ativistas de direitos humanos e até mesmo líderes políticos. A capacidade do Pegasus de acessar dados em dispositivos móveis, incluindo mensagens, e-mails e histórico de navegação, sem o conhecimento do usuário, gerou grande controvérsia e preocupações sobre privacidade e segurança.
O pedido por um novo julgamento surge em meio a um crescente escrutínio sobre a NSO Group e o uso de seu spyware. A empresa enfrenta diversas ações judiciais e investigações em diferentes países, além de sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos. A disputa legal em andamento destaca as complexas questões éticas e legais envolvendo a indústria de spyware e a responsabilidade das empresas de tecnologia pelo uso indevido de suas ferramentas. O desfecho desse caso pode ter um impacto significativo no futuro da NSO Group e no mercado de software de vigilância como um todo. A alegação de que a indenização é uma tentativa de “bancarrotar” a empresa adiciona uma camada extra de tensão ao debate, sinalizando a magnitude das consequências financeiras que a NSO Group enfrenta.
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