O tão aguardado julgamento da Comissão Federal de Comércio (FTC) contra a Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, está revelando detalhes surpreendentes sobre a aquisição do Instagram em 2012. O processo, que visa questionar a estratégia de aquisições da Meta e seu impacto na concorrência, tem colocado em xeque as decisões de Mark Zuckerberg e sua equipe.
Um dos pontos centrais do julgamento é a alegação da FTC de que Zuckerberg comprou o Instagram com o objetivo de neutralizar um concorrente em potencial. O cofundador e ex-CEO do Instagram, Kevin Systrom, corroborou essa visão em seu depoimento, afirmando que Zuckerberg via o Instagram como uma ameaça ao crescimento do Facebook e, por isso, restringiu recursos da empresa adquirida. A decisão de pagar US$ 1 bilhão por um aplicativo sem receita e com poucos funcionários também causou surpresa na época, com a diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, considerando o valor excessivo.
Além do julgamento da FTC, a gigante da tecnologia está atenta a outras tendências do mercado. Internamente, a Meta enxerga o TikTok como um concorrente de peso. Outro ponto de atenção é a baixa adesão dos usuários europeus às assinaturas pagas que removem anúncios. Zuckerberg também teria cogitado apagar as listas de amigos dos usuários anualmente para aumentar o engajamento na plataforma. Em resumo, o julgamento da FTC está expondo as estratégias internas da Meta e as pressões competitivas que moldam suas decisões.
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