A organização de vigilância midiática Media Matters for America está processando a Comissão Federal de Comércio dos EUA (FTC), alegando retaliação indevida por críticas anteriores à plataforma X (antigo Twitter). A ação judicial argumenta que a investigação da FTC representa uma violação dos direitos da Primeira Emenda da Media Matters, intensificando a já tensa relação entre a organização e Elon Musk, proprietário do X.
O cerne da disputa reside em um relatório divulgado pela Media Matters em 2023, que revelou a exibição de anúncios de grandes empresas, como Apple e IBM, ao lado de conteúdo antissemita no X. Essa descoberta gerou um boicote de anunciantes à plataforma, resultando em perdas financeiras significativas. Em resposta, Musk ameaçou processar a Media Matters e, posteriormente, o X abriu um processo alegando que a organização estava tentando afastar anunciantes de seu serviço. A CEO do X, Linda Yaccarino, classificou o relatório como “enganoso e manipulador”, enquanto a Media Matters se defendeu, afirmando que o processo era uma tentativa de silenciar críticos.
A investigação da FTC sobre a Media Matters, lançada em maio de 2025, busca determinar se houve conluio ilegal entre a organização e os anunciantes. No entanto, a Media Matters argumenta que a investigação é motivada por animosidade política, especialmente considerando que a FTC é agora composta por comissários republicanos. A organização aponta para decisões recentes da FTC que parecem contraditórias, como a aprovação de uma grande aquisição no setor de publicidade com a condição de que a empresa adquirente não participe de coordenação para desviar publicidade de editores de mídia com base em suas visões políticas ou ideológicas. O processo da Media Matters busca impedir que a FTC continue com a investigação, alegando que ela representa uma ameaça à liberdade de imprensa e à capacidade de organizações de vigilância responsabilizarem as plataformas de mídia social.
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