Kobo e a Inteligência Artificial: Autonomia dos Autores em Risco?

A Kobo, conhecida por ser uma alternativa mais aberta e amigável aos autores em comparação com a Amazon Kindle, está sob escrutínio devido a mudanças recentes em seus Termos de Serviço. A atualização, que entrou em vigor em junho, introduz a possibilidade de uso de inteligência artificial (IA) na plataforma Kobo Writing Life, gerando preocupações entre os autores independentes.

A principal questão levantada é a falta de clareza sobre como a Kobo pretende utilizar a IA e a ausência de uma opção para os autores se recusarem ao uso da tecnologia. Embora a empresa afirme que não utilizará as obras dos autores para treinar IAs generativas, ela reserva o direito de usar IA para diversas finalidades, como aprimorar a descoberta de obras, avaliar a adequação do conteúdo para venda, gerar recursos promocionais e fornecer resumos e auxílio de leitura.

Essa abertura para a IA, especialmente na criação de resumos, gerou receios entre os autores. Experiências negativas com a ferramenta de resumo da Amazon Kindle, que apresentou imprecisões nas sinopses, servem de alerta. A possibilidade de resumos incorretos prejudicarem a experiência do leitor e a relação entre autores e público é uma preocupação real. Apesar das tentativas da Kobo de tranquilizar os autores, a falta de detalhes específicos e a impossibilidade de optar por não participar da iniciativa geram incertezas sobre o futuro da plataforma e a autonomia dos autores.

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