A gigante da tecnologia Google concordou em pagar US$ 50 milhões para encerrar um processo judicial que a acusava de promover um ambiente de trabalho com discriminação racial sistêmica contra funcionários negros. O acordo preliminar, que abrange mais de 4.000 trabalhadores na Califórnia e Nova York, ainda precisa da aprovação de um juiz.
A ação alega que o Google mantinha uma cultura corporativa com viés racial, direcionando funcionários negros para cargos de nível inferior e pagando-lhes menos do que a outros empregados. Em 2021, os funcionários negros representavam apenas 4,4% da força de trabalho da empresa e cerca de 3% da sua liderança. Como referência, a população negra representa 14% da população dos Estados Unidos.
Uma das autoras da ação alegou que o Google negou suas promoções e a estereotipou como uma mulher negra “brava”. Ela foi demitida enquanto preparava um relatório sobre a suposta discriminação racial da empresa. A denúncia também afirma que gerentes desvalorizavam os funcionários negros, dizendo que eles não eram “Googley” o suficiente ou que não tinham “Googleyness”. Apesar do acordo, o Google nega qualquer irregularidade e não ofereceu comentários adicionais. O processo começou em 2022, quando o Departamento de Direitos Civis da Califórnia iniciou uma investigação sobre o tratamento do Google em relação às funcionárias negras, que na época acusavam a empresa de, apesar de se dizer a favor da diversidade, estar “desvalorizando, pagando menos e maltratando seus funcionários negros”.
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