Uma nova espécie fóssil, datada de 506 milhões de anos atrás e encontrada no Folhelho Burgess, no Canadá, está intrigando cientistas e entusiastas da paleontologia. Apelidada de ‘Mothra’ em referência ao famoso monstro japonês, a criatura marinha, formalmente nomeada como Mosura fentoni, apresenta características morfológicas únicas que desafiam nossa compreensão da evolução da vida no período Cambriano.
O fóssil incrivelmente bem preservado revela detalhes impressionantes da anatomia interna do animal. Os pesquisadores identificaram a presença de três olhos, membros com garras e uma cauda equipada com brânquias. Essa combinação de características sugere que Mosura fentoni era um predador ativo em seu ecossistema, utilizando suas garras para capturar presas e suas brânquias para respirar na água. A descoberta lança nova luz sobre a diversidade e a complexidade da vida marinha durante a chamada Explosão Cambriana, um período de rápida radiação evolutiva que deu origem a muitos dos grupos de animais que conhecemos hoje.
A preservação dos órgãos internos em detalhes tão nítidos é particularmente notável, proporcionando aos cientistas uma rara oportunidade de estudar a fisiologia de um organismo tão antigo. A análise da estrutura interna do fóssil pode fornecer insights valiosos sobre a evolução dos sistemas digestivos, circulatórios e nervosos nos animais. A descoberta de Mosura fentoni reforça a importância do Folhelho Burgess como um dos sítios paleontológicos mais importantes do mundo, oferecendo um vislumbre fascinante da história da vida em nosso planeta e das formas surpreendentes que ela assumiu ao longo de milhões de anos.
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