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O Tribunal Superior do Brasil proibiu a plataforma de mídia social X de Elon Musk no país.
Na sexta-feira, o tribunal superior do Brasil ordenou que a empresa de mídia social X de Musk, anteriormente conhecida como Twitter, fosse proibida no país.
A medida ocorre depois que Musk teve uma briga com o juiz do Supremo Tribunal Federal brasileiro, Alexandre de Moraes, que anteriormente ordenou que o X removesse conteúdo que espalhava notícias falsas e desinformação. Musk e a empresa classificaram as solicitações do juiz como ordens de censura.
O próprio Musk recentemente atacou o juiz no X, chamando Moraes de ditador do mal.
No início deste mês, o X encerrou suas operações no Brasil, alegando que o juiz ameaçou a representante do X, Rachel Nova Conceicao, de prisão se a empresa não cumprisse as ordens de remoção de conteúdo.
Embora a empresa X tenha saído do Brasil, a plataforma ainda estava disponível e acessível aos usuários do país. Na quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal do Brasil ordenou que o X nomeasse um representante legal no país em 24 horas. Caso contrário, o X compartilhou uma declaração na noite de quinta-feira prevendo uma possível proibição.
\”Em breve, esperamos que o juiz Alexandre de Moraes ordene que o X seja fechado no Brasil – simplesmente porque não cumpriríamos suas ordens ilegais para censurar seus oponentes políticos\”, diz a declaração.
Perder sua base de usuários no Brasil provavelmente prejudicará o X. A plataforma é popular no país, com usuários brasileiros representando dezenas de milhões da base de usuários ativos mensais do X.
Como o New York Times reporta, muitas das contas que o juiz Moraes ordenou que fossem suspensas pertenciam a apoiadores do ex-presidente de direita do Brasil, Jair Bolsonaro. Algumas das contas que foram ordenadas a serem removidas questionaram os resultados da eleição brasileira de 2022, que Bolsonaro perdeu.
O Brasil exige que as empresas de tecnologia tenham um representante legal localizado no país para operar lá. O país já havia banido plataformas, como o Telegram em 2022, por não cumprir as leis locais. (O Telegram voltou a operar no Brasil desde então.)
Na quinta-feira, uma das outras empresas de Elon Musk, a Starlink, afiliada à SpaceX, compartilhou que o Supremo Tribunal Federal do Brasil havia congelado as finanças da empresa. A declaração da Starlink afirma que o juiz fez isso depois de determinar que a Starlink deveria ser responsável pelas multas contra o X de Musk.
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