Elon Musk encerrou seu período como chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), uma iniciativa da administração Trump focada em reduzir gastos desnecessários, modernizar sistemas de TI e aumentar a eficiência em diversos setores do governo. A saída de Musk ocorre em um momento delicado, com a Tesla enfrentando desafios no mercado e a SpaceX lidando com resultados mistos em seus lançamentos.
Durante sua atuação no DOGE, Musk implementou uma abordagem de corte de gastos que resultou na demissão de um número significativo de funcionários federais, incluindo alguns que trabalhavam em uma agência que regulamenta a própria Tesla. Algumas dessas demissões foram consideradas problemáticas, com juízes federais ordenando a reintegração de alguns funcionários. Além disso, o DOGE solicitou acesso a dados sensíveis, incluindo informações de funcionários federais e registros financeiros do Tesouro, gerando controvérsia e preocupações com a privacidade.
Paralelamente, a Tesla enfrenta dificuldades com a queda nas vendas de seus veículos elétricos, especialmente na Europa e no Canadá. A reputação da empresa também tem sido afetada pelas opiniões políticas de Musk e sua associação com o DOGE. Ativistas têm promovido boicotes e protestos contra a Tesla, e alguns proprietários de veículos da marca têm tentado se distanciar da figura de Musk. Enquanto isso, a SpaceX, outra empresa de Musk, teve resultados mistos em seu mais recente teste do Starship, com problemas no lançamento e na implantação de satélites.
Apesar de deixar o DOGE, Musk expressou preocupação com um projeto de lei orçamentária que, segundo ele, prejudica o trabalho da equipe do departamento. A lei, que foi aprovada pela Câmara dos Deputados, encerra a maioria dos créditos fiscais para energia limpa, incluindo aqueles para a compra de veículos elétricos. A Tesla argumenta que o fim abrupto desses créditos ameaçaria a independência energética dos Estados Unidos e a confiabilidade da rede elétrica.
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