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O segundo episódio da segunda temporada de Doctor Who, intitulado \”Lux\”, é uma celebração à luz, ao deus que a personifica e ao entretenimento que ela proporciona. Ambientado na década de 1950, em meio à segregação racial no sul dos Estados Unidos, o episódio apresenta um tom otimista mesmo em um cenário sombrio, mesclando referências e detalhes que podem ter passado despercebidos pelos espectadores.
Uma das cenas mais notáveis é a revelação das roupas dos personagens, similar à do primeiro episódio da temporada. A trilha sonora, no entanto, apresenta uma leve anacronismo, com Chuck Berry tocando “Roll Over Beethoven” – uma música lançada em 1956, e não em 1952. A representação da segregação racial em Miami também é abordada, contrastando com a atitude dos personagens principais, que desafiam as leis segregacionistas. A aparição de Mr. Ring-a-Ding, uma criação 3D acidentalmente gerada por uma combinação de luz da lua, projetor e desenho animado, é inspirada nos clássicos da Fleischer Studios, responsáveis por personagens como Betty Boop. Sua estética visual remete a personagens como Koko o Palhaço e Bimbo, combinados com a paleta de cores dos Looney Tunes. Além disso, há referências a outros episódios da série, como \”The Giggle\”, \”The Devil’s Chord\” e \”The Legend of Ruby Sunday\”, que aprofundam o contexto da mitologia de Doctor Who, com menções a personagens como o Toymaker e o Maestro. A interação entre o Doutor e os fãs de Doctor Who dentro da narrativa quebra a quarta parede, criando uma camada extra de metaficção, com referências à roupas e objetos clássicos da série, culminando numa cena pós-créditos que deixa uma pergunta no ar sobre a real natureza da existência desses fãs.
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