As tensões comerciais entre os Estados Unidos e o Canadá escalaram após o anúncio do ex-presidente Donald Trump de que as negociações comerciais foram interrompidas. A medida foi tomada em resposta ao imposto sobre serviços digitais (DST) implementado pelo Canadá, que impacta diretamente grandes empresas de tecnologia americanas. O DST canadense, com efeito retroativo a partir de 30 de junho, impõe uma taxa de 3% sobre a receita que essas empresas geram a partir de usuários no país.
Empresas como Amazon, Google, Meta, Uber e Airbnb estão entre as afetadas por essa taxação. Estima-se que o imposto renderá ao governo canadense cerca de US$ 2,7 bilhões, pagos pelas empresas americanas para cobrir o período. Trump, em uma publicação em sua plataforma Truth Social, classificou o DST como um ataque direto e flagrante aos Estados Unidos. Apesar das críticas, o ministro das finanças canadense, François-Philippe Champagne, já havia afirmado que o Canadá não tinha intenção de suspender a implementação do imposto.
A disputa em torno do imposto sobre serviços digitais não é recente. A administração anterior dos EUA já havia contestado formalmente a medida no âmbito do Acordo Estados Unidos-México-Canadá (USMCA). Outros países também estão considerando ou já implementaram impostos similares. A Alemanha, por exemplo, estuda a possibilidade de impor uma taxa de 10% sobre plataformas como Google e Facebook. A situação levanta debates importantes sobre a tributação da economia digital e o papel dos impostos como ferramentas de negociação comercial entre nações, com potenciais implicações significativas para o setor de tecnologia em escala global.
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