O cenário da publicidade online está mudando rapidamente com a proliferação de inteligência artificial. Atores virtuais e deepfakes, antes restritos a filmes e entretenimento, agora marcam presença crescente em anúncios no YouTube. Essa tendência levanta questões importantes sobre transparência, ética e o futuro da propaganda digital.
Um exemplo recente envolve anúncios de uma suposta loja de sapatos artesanais, a Tanner Shoes, que utilizava imagens e vídeos gerados por IA para promover seus produtos. As imagens exibiam um casal de idosos, Henry e Margaret Tanner, com características físicas incomuns, levantando suspeitas sobre sua autenticidade. Investigações revelaram a falta de evidências da existência da loja e seus proprietários, sugerindo tratar-se de uma campanha publicitária enganosa. Após denúncias, o YouTube suspendeu a conta do anunciante.
A utilização de deepfakes de celebridades também se tornou comum, com versões falsas de personalidades como Hoda Kotb promovendo produtos duvidosos de perda de peso. Embora o YouTube possua políticas contra desinformação e representação enganosa, a grande quantidade de conteúdo carregado diariamente dificulta a detecção e remoção de todos os anúncios fraudulentos. A plataforma tem investido em sistemas automatizados baseados em IA para auxiliar na moderação, mas a batalha contra os deepfakes e atores virtuais na publicidade está longe de ser vencida. A conscientização dos consumidores e a clareza nas políticas de divulgação de conteúdo gerado por IA são cruciais para mitigar os riscos dessa nova realidade.
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