A Corning, fabricante americana por trás do renomado Gorilla Glass, evitou uma multa antitruste da União Europeia (UE) ao concordar em encerrar suas práticas de acordos exclusivos com fabricantes de smartphones. A Comissão Europeia havia iniciado uma investigação no ano passado, alegando que a Corning estaria restringindo a concorrência através de seus contratos de fornecimento exclusivos, o que potencialmente inflacionava os preços e prejudicava a inovação no setor.
Para resolver as preocupações da Comissão Europeia, a Corning se comprometeu a eliminar todas as cláusulas de exclusividade em seus contratos existentes com fabricantes de telefones e empresas que processam vidro bruto. Além disso, a empresa não poderá firmar novos acordos de exclusividade no futuro. Essa medida visa garantir uma concorrência mais justa no mercado de vidro para dispositivos móveis, permitindo que outros fornecedores tenham a oportunidade de competir e oferecer seus produtos aos fabricantes.
As concessões da Corning vão além do fim dos acordos exclusivos. A empresa também não poderá exigir que os fabricantes ou seus fornecedores comprem uma quantidade mínima de vidro Alkali-AS (Gorilla Glass) na Área Econômica Europeia. Em âmbito global, a Corning limitará a 50% a quantidade de vidro que pode exigir que os fabricantes e seus fornecedores comprem da empresa. Um administrador supervisionará as operações da Corning pelos próximos nove anos para garantir o cumprimento das regras estabelecidas. A Comissão Europeia confirmou que, embora multas por violações antitruste possam atingir até 10% da receita de uma empresa, a Corning não terá que pagar nenhuma multa neste caso. A Corning declarou que a solução não implica em nenhuma irregularidade por parte da empresa e que o impacto em seus negócios com o Gorilla Glass é mínimo.
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