Lançado em 2000, Citizen Toxie: The Toxic Avenger IV é uma explosão de referências e humor ácido que solidifica a reputação da Troma como uma produtora transgressora e inovadora. O filme não se furta em parodiar clássicos como Cidadão Kane, O Mágico de Oz e até mesmo Star Wars, misturando-os em um caldeirão de fluídos corporais e piadas de gosto duvidoso. Essa abordagem, embora possa ser considerada ofensiva por alguns, é uma marca registrada da Troma e um dos motivos pelos quais a produtora conquistou um público fiel ao longo dos anos.
A ousadia de Citizen Toxie reside na sua capacidade de subverter expectativas e questionar os limites do que é considerado aceitável no cinema. Ao satirizar obras tão consagradas, o filme provoca reflexões sobre a própria natureza da cultura pop e a forma como consumimos e reinterpretamos narrativas. A Troma, sob a liderança de Lloyd Kaufman, sempre se orgulhou de desafiar o status quo e de oferecer uma alternativa ao cinema comercial, e Citizen Toxie é um exemplo perfeito dessa filosofia.
Apesar da aparente falta de refinamento, há uma inteligência por trás da estética trash de Citizen Toxie. O filme utiliza o exagero e o absurdo para comentar sobre questões sociais e políticas, muitas vezes de forma mais eficaz do que produções com orçamentos muito maiores. Para os apreciadores do cinema independente e para aqueles que buscam uma experiência cinematográfica diferente e provocadora, Citizen Toxie é uma obra que merece ser redescoberta e apreciada em toda a sua glória grotesca e tecnicolor. É um exemplo de como a tecnologia (ou a falta dela, no caso dos efeitos especiais) pode ser usada de forma criativa para criar um impacto duradouro.
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