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O Bluesky, concorrente do X (antigo Twitter) que atraiu mais de três milhões de seguidores desde a eleição presidencial americana, declarou publicamente que não utiliza os dados de seus usuários para treinar modelos de inteligência artificial generativa. Em publicação recente, a plataforma afirmou explicitamente não usar nenhum conteúdo de usuário para esse fim e não ter intenção de fazê-lo no futuro.
A empresa esclareceu que utiliza IA internamente para auxiliar na moderação de conteúdo, facilitando a triagem de postagens e protegendo moderadores humanos de conteúdo nocivo. Também emprega IA no algoritmo de descoberta (feed Discover) para sugerir publicações que os usuários poderiam gostar. Ressaltou-se, contudo, que nenhuma dessas aplicações se trata de sistemas de IA generativa treinados com dados do usuário. Este posicionamento público chega em um momento de grandes mudanças no X e de um afluxo de novos usuários para o Bluesky, impulsionado por alterações na funcionalidade de bloqueio e na política de privacidade do X, que permite que seu modelo de linguagem grande (LLM) Grok seja treinado com dados do usuário.
Com mais de 17 milhões de usuários, o Bluesky tem se apresentado como uma alternativa menos tóxica ao X, e sua declaração explícita sobre as políticas de dados é uma boa notícia para usuários preocupados com o uso de suas informações. Atualmente, o Bluesky não possui recursos de IA generativa, facilitando a afirmação de que não está treinando nenhum modelo. Porém, como demonstram as frequentes atualizações de políticas do X, essa situação pode mudar a qualquer momento. Os termos de serviço do Bluesky não mencionam explicitamente o treinamento de modelos de IA, o que permite a inclusão de novas cláusulas futuramente.
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