A China estaria intensificando seus esforços para priorizar o uso de chips de inteligência artificial (IA) produzidos internamente. A medida vem após declarações consideradas ‘ofensivas’ por autoridades chinesas, proferidas pelo secretário de comércio dos EUA, Howard Lutnick, sobre a qualidade dos chips da Nvidia fornecidos ao país. Órgãos reguladores chineses teriam desestimulado empresas locais a adquirir os chips H20 da Nvidia como resposta.
Em abril, os Estados Unidos já haviam imposto restrições à venda dos chips H20 da Nvidia para a China, temendo seu uso militar no desenvolvimento de tecnologias de IA. Embora essa decisão tenha sido revertida em julho, Lutnick afirmou que a China recebia apenas a ‘quarta melhor’ tecnologia de chips da Nvidia. Ele sugeriu que o objetivo era manter a China dependente da tecnologia americana, vendendo o suficiente para que seus desenvolvedores se tornassem ‘viciados’ no ecossistema americano. Essa postura gerou forte reação na China.
Em resposta, a Administração do Ciberespaço da China (CAC) teria emitido um aviso informal a grandes empresas de tecnologia, como ByteDance e Alibaba, para suspender novos pedidos dos chips H20 até que uma avaliação de segurança nacional fosse concluída. O não cumprimento dessa diretriz poderia resultar em multas substanciais. Paralelamente, a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC) também solicitou informalmente que empresas de tecnologia locais evitassem a compra de qualquer chip da Nvidia. A Nvidia, por sua vez, estaria desenvolvendo um novo chip para o mercado chinês, supostamente mais poderoso que o H20, baseado na arquitetura Blackwell, mas com poder computacional reduzido em relação às GPUs Blackwell Ultra. No entanto, a aprovação regulatória e de exportação desse novo chip ainda não é garantida.
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