Os khipus, sistemas complexos de cordas e nós utilizados pelos Incas, continuam a intrigar historiadores e arqueólogos. Uma nova pesquisa desafia interpretações tradicionais sobre esses artefatos, que eram frequentemente considerados apenas como ferramentas de contabilidade. A análise aprofundada sugere que sua função pode ter sido muito mais abrangente, atuando como um sofisticado sistema de registro de informações.
Estudos recentes questionam a ideia de que os khipus eram simplesmente dispositivos mnemônicos. A complexidade dos nós, das cores das cordas e da sua disposição espacial indicam um nível de codificação de dados muito mais elaborado. As fontes coloniais espanholas, que serviram de base para muitas das interpretações originais, podem ter subestimado a capacidade dos khipus de registrar narrativas, leis e outros tipos de informação. A decifração completa desses nós permanece um desafio, mas a pesquisa atual abre novas e excitantes possibilidades.
A tecnologia Inca, muitas vezes negligenciada em favor de suas conquistas militares e arquitetônicas, demonstra um profundo conhecimento matemático e de sistemas de informação. Os khipus representam uma forma única de computação e armazenamento de dados, desenvolvida independentemente de outras culturas. A compreensão aprofundada desses artefatos não só lança luz sobre a sociedade Inca, mas também oferece perspectivas valiosas sobre a diversidade e a engenhosidade da inovação tecnológica humana. A reinterpretação dos khipus nos convida a reconsiderar a nossa compreensão da história da tecnologia e a valorizar as contribuições de civilizações antigas para o desenvolvimento do conhecimento.
Origem: Link