A Comissão Federal de Comunicações (FCC) está considerando mudanças significativas em sua abordagem para a implantação de banda larga nos Estados Unidos. Uma proposta recente, liderada pelo presidente da FCC, Brendan Carr, busca diminuir o foco da agência na acessibilidade da banda larga e reduzir as ambições de longo prazo para a sua implementação.
Essa proposta, que será votada em breve, pode impactar a velocidade e a disponibilidade da internet para muitos americanos. Atualmente, a FCC avalia se a internet rápida está sendo oferecida em uma base razoável e oportuna, e busca corrigir a situação caso a resposta seja negativa. A proposta de Carr visa alterar isso, eliminando critérios como a acessibilidade financeira do serviço de internet para a população. Isso significa que, mesmo que a internet esteja disponível, a FCC não se preocuparia se as pessoas podem realmente pagar por ela.
Outra mudança importante é a possível eliminação da meta de longo prazo estabelecida para a velocidade da banda larga, que era de 1.000 Mbps para download e 500 Mbps para upload. Anteriormente, o padrão da FCC para considerar algo como “banda larga” era de apenas 25 Mbps para download e 2 Mbps para upload, velocidades consideradas muito lentas nos dias de hoje. Em 2024, esse padrão subiu para 100 Mbps/20 Mbps, mais alinhado com as necessidades atuais, mas ainda distante da meta de 1 Gigabit estabelecida anteriormente. A redução dessas metas pode impactar negativamente o incentivo para que as empresas de internet (ISPs) invistam em infraestrutura e ofereçam conexões mais rápidas e acessíveis, especialmente em áreas com acesso limitado à banda larga. Se as ISPs não precisarem se preocupar tanto com a implementação e a acessibilidade, e se conseguirem aprovação mais facilmente nos relatórios anuais, haverá menos incentivos para aumentar o acesso acessível à internet de alta velocidade. A consequência direta pode ser uma desaceleração no avanço da conectividade para muitos usuários.
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