A Stellantis, conglomerado automotivo por trás de marcas como Chrysler, Fiat e Peugeot, anunciou o fim de seu programa de desenvolvimento de veículos movidos a hidrogênio. A decisão foi motivada por desafios como a infraestrutura de reabastecimento limitada, os altos custos de investimento e a necessidade de incentivos de compra mais robustos para os consumidores.
Essa mudança de estratégia representa uma reviravolta em relação aos planos anunciados anteriormente pela empresa, que em janeiro de 2024 prometia o lançamento de uma frota de veículos comerciais movidos a células de combustível de hidrogênio. A Stellantis, que comercializa diversas vans populares na Europa, como a Citroen Jumper e a Fiat Ducato, havia indicado que versões a hidrogênio desses veículos seriam lançadas com uma autonomia de até 500 km.
A Stellantis não é a primeira montadora a reduzir suas expectativas em relação ao hidrogênio. A Toyota, que investiu significativamente na tecnologia, tem gradualmente direcionado seus esforços para veículos elétricos a bateria (BEVs). Apesar do potencial do hidrogênio como fonte de energia limpa, desafios como a produção, o armazenamento e a distribuição eficientes ainda persistem. A menor densidade energética do hidrogênio em comparação com combustíveis fósseis e a complexidade de evitar vazamentos também são fatores limitantes. A produção em massa de hidrogênio limpo, utilizando fontes renováveis, exigiria investimentos massivos em infraestrutura elétrica.
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