A indústria de jogos tem testemunhado uma crescente aproximação com o mundo do cinema, levantando questões sobre a real natureza dos jogos modernos. Com produções como Death Stranding 2, onde longas cutscenes cinematográficas ocupam uma parte significativa da experiência, surge o debate: estamos jogando um game com elementos de filme, ou assistindo a um filme com breves momentos de interatividade?
Essa tendência se reflete em movimentos estratégicos de grandes empresas como a Sony, que investem cada vez mais em adaptações de suas franquias de jogos para televisão, anime e cinema. A recente onda de demissões na indústria, como a que afetou a King (responsável por Candy Crush), e o cancelamento de projetos promissores como Project Blackbird, da ZeniMax Online, contrastam com o investimento massivo em jogos que buscam replicar a estética e a narrativa cinematográfica.
Ainda que a união entre jogos e cinema possa gerar produtos interessantes, é fundamental que a indústria não se esqueça do que torna os jogos únicos. Mecânicas inovadoras, visuais imersivos, resposta tátil e sistemas de interação complexos são elementos que só os jogos podem oferecer. Imitar o cinema, em vez de explorar o potencial da interatividade, pode levar à estagnação criativa em um mercado que ainda tem muito a descobrir. Enquanto isso, o mundo dos games acompanha de perto o desenvolvimento de Judas, o novo FPS de Ken Levine, criador de BioShock, que promete uma experiência completa, sem microtransações ou componentes online.
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