A aquisição da Ampere, designer de chips de inteligência artificial, pela SoftBank, no valor de US$ 6,5 bilhões, está sob o escrutínio do governo dos Estados Unidos. A Federal Trade Commission (FTC) abriu uma investigação aprofundada, um procedimento que pode levar a atrasos significativos ou até mesmo ao bloqueio da negociação. Essa análise rigorosa levanta questões sobre a concentração de poder no mercado de chips de IA e o potencial impacto na concorrência.
A SoftBank, liderada por Masayoshi Son, já possui a Arm, outra gigante no design de chips, adquirida em 2016 por US$ 32 bilhões. A Ampere, fundada em 2018 com foco em computação nativa em nuvem, tem se destacado no desenvolvimento de chips de IA. A aquisição da Ampere pela SoftBank visa fortalecer a capacidade de pesquisa e desenvolvimento da Arm nessa área crucial. A transação manteria a Ampere como uma subsidiária integral, operando sob seu próprio nome.
A possível aprovação da aquisição colocaria sob o guarda-chuva da SoftBank três importantes empresas do setor de IA: Arm, Graphcore e Ampere. Essa concentração de poder pode gerar preocupações antitruste, levando a FTC a investigar a fundo a negociação. A tentativa anterior da SoftBank de vender a Arm para a NVIDIA foi abandonada por razões semelhantes. Além disso, projetos como o Stargate, que conta com forte participação da SoftBank, adicionam uma camada de complexidade política ao cenário, intensificando o olhar das autoridades regulatórias. A SoftBank também enfrenta desafios relacionados a tarifas americanas e disputas de licenciamento de chips com a Qualcomm na Europa, EUA e Coreia do Sul, o que pode influenciar na decisão final da FTC sobre a aquisição da Ampere.
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