A Runway, startup de inteligência artificial que recentemente firmou parceria com a AMC Networks, está expandindo seus horizontes e mirando na indústria de jogos. A empresa planeja lançar sua mais recente plataforma, chamada Game Worlds, que permitirá aos usuários criar experiências interativas baseadas em texto, impulsionadas pela IA para gerar tanto texto quanto imagens.
Embora o Game Worlds ainda esteja em seus estágios iniciais, com a capacidade de produzir apenas designs básicos, o CEO da Runway, Cristóbal Valenzuela, demonstra otimismo em relação ao futuro da IA no desenvolvimento de jogos. A visão da empresa é que jogos completos gerados por IA se tornarão realidade ainda este ano, e a Runway busca ativamente parcerias com empresas de jogos. A colaboração permitiria que as empresas utilizassem as ferramentas de IA da Runway, enquanto a startup obteria acesso a conjuntos de dados de jogos para aprimorar o treinamento de seus algoritmos.
Ainda que a ideia de usar IA generativa em jogos seja promissora, ela também enfrenta resistência e controvérsia. Profissionais da indústria expressaram preocupações, e o sindicato SAG-AFTRA chegou a entrar em greve contra empresas de jogos que utilizam as imagens e vozes de seus membros para treinar sistemas de IA. Além disso, a Runway já se envolveu em polêmicas anteriores, sendo acusada de treinar sua IA com vídeos do YouTube e filmes pirateados, o que viola os termos da plataforma de vídeo. Apesar desses desafios, a Runway busca replicar o sucesso que obteve com grandes estúdios de TV e cinema, como a parceria com a Lionsgate para auxiliar nos processos de pré e pós-produção. A Ubisoft já utiliza uma ferramenta semelhante, chamada Ghostwriter, para gerar diálogos de jogos, demonstrando que a IA generativa tem potencial para transformar a maneira como os jogos são criados.
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