Uma pesquisa inovadora abre caminho para a produção de paracetamol, um dos medicamentos mais utilizados no mundo, a partir de resíduos plásticos. Cientistas descobriram uma forma de utilizar a bactéria E. coli para transformar o PET (Polietileno Tereftalato), um tipo comum de plástico encontrado em garrafas e embalagens, em paracetamol. Essa descoberta representa um avanço significativo na busca por alternativas sustentáveis e na redução da dependência de fontes tradicionais de matérias-primas para a fabricação de medicamentos.
O processo envolve a quebra do PET em seus componentes básicos, que são então metabolizados pela E. coli geneticamente modificada. A bactéria, por sua vez, transforma esses componentes em paracetamol. A pesquisa demonstra a viabilidade de utilizar a biotecnologia para resolver um problema ambiental urgente – o acúmulo de lixo plástico – e, ao mesmo tempo, produzir um medicamento essencial. A capacidade de transformar resíduos em produtos de valor agregado representa um potencial enorme para a economia circular e para a sustentabilidade da indústria farmacêutica.
Embora a pesquisa ainda esteja em fase inicial, o potencial de impacto é considerável. A produção de paracetamol a partir de plástico reciclado poderia reduzir significativamente a quantidade de resíduos plásticos que acabam em aterros sanitários ou oceanos. Além disso, poderia diminuir a dependência da indústria farmacêutica de matérias-primas derivadas do petróleo, tornando a produção de medicamentos mais sustentável e ecologicamente correta. Os próximos passos incluem otimizar o processo de produção, aumentar a eficiência da conversão do PET em paracetamol e garantir a segurança e a qualidade do medicamento produzido por meio dessa nova tecnologia.
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