Um painel associado a Robert F. Kennedy Jr. votou contra o uso de vacinas contra a gripe que contêm timerosal, um conservante à base de mercúrio. A decisão baseia-se em preocupações sobre potenciais riscos neurológicos associados ao timerosal, apesar de um vasto corpo de pesquisa científica que refuta a ligação entre o timerosal e problemas como o autismo.
O timerosal tem sido utilizado em vacinas desde a década de 1930 e, embora contenha mercúrio, está na forma de etilmercúrio, que é diferente do metilmercúrio, um composto altamente tóxico encontrado em frutos do mar. O etilmercúrio é excretado do corpo muito mais rapidamente, reduzindo o potencial de acúmulo e toxicidade. Numerosos estudos abrangentes, conduzidos por organizações como a Organização Mundial da Saúde e o Instituto de Medicina, não encontraram evidências de que o timerosal cause autismo ou outros distúrbios neurológicos.
Apesar das evidências científicas robustas, as preocupações sobre o timerosal persistem em alguns setores, impulsionadas por desinformação e teorias da conspiração. É crucial que as decisões de saúde pública sejam baseadas em ciência sólida e evidências verificáveis. A disseminação de informações imprecisas sobre a segurança das vacinas pode levar à hesitação em se vacinar, o que pode ter sérias consequências para a saúde individual e a saúde pública. O uso contínuo do timerosal em algumas vacinas, particularmente em frascos multidose, permite que as vacinas sejam armazenadas e usadas de forma mais eficiente, especialmente em países de baixa renda, onde os recursos são limitados. Eliminar o timerosal dessas vacinas, sem uma justificativa científica válida, poderia dificultar os esforços de imunização global.
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