Astrônomos detectaram um cometa colossal, conhecido como Bernardinelli-Bernstein, expelindo gás a uma distância impressionante do Sol, muito além da órbita de Saturno. Essa descoberta inesperada desafia o conhecimento atual sobre o comportamento desses corpos celestes gelados, que geralmente se tornam ativos apenas quando se aproximam do calor solar.
Utilizando o Atacama Large Millimeter/submillimeter Array (ALMA), um poderoso telescópio localizado no deserto do Atacama, no Chile, os cientistas observaram o cometa liberando jatos de monóxido de carbono. A detecção desse gás a uma distância tão grande é particularmente surpreendente, pois ele normalmente não é observado em cometas tão distantes. A equipe também identificou sinais de poeira e calor emanando do núcleo gelado do cometa, que possui um diâmetro estimado em 137 quilômetros.
Essa atividade precoce do cometa Bernardinelli-Bernstein oferece uma oportunidade única para os astrônomos estudarem a composição e o comportamento desses objetos primordiais do Sistema Solar. Acredita-se que os cometas sejam remanescentes da formação dos planetas, há cerca de 4,6 bilhões de anos, e podem conter pistas sobre a origem da água e de outros elementos essenciais para a vida na Terra. Conforme o cometa se aproxima do Sol, prevê-se que outros gases, como metano e etano, comecem a ser liberados, revelando ainda mais segredos sobre sua composição interna. A aproximação máxima do cometa está prevista para o início de 2031.
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