A sonda Solar Orbiter, uma colaboração entre a ESA (Agência Espacial Europeia) e a NASA, alcançou um marco histórico ao capturar as primeiras imagens detalhadas do polo sul do Sol. Essa conquista notável foi possível graças a uma manobra complexa que envolveu uma aproximação a Vênus, alterando a órbita da sonda e proporcionando uma visão sem precedentes da região polar solar.
Equipada com instrumentos de última geração, a Solar Orbiter pôde analisar o campo magnético do polo sul, que se encontra em um estado particularmente caótico. O Sol passa por ciclos magnéticos de aproximadamente 11 anos, e atualmente está próximo do máximo solar, um período de intensa atividade. Durante essa fase, os polos magnéticos solares se invertem, e a sonda registrou a presença de polaridades magnéticas tanto do norte quanto do sul no polo sul, um fenômeno temporário e crucial para entender a dinâmica solar. O instrumento PHI (Polarimetric and Helioseismic Imager) foi fundamental para mapear o campo magnético na luz visível.
Além das imagens do campo magnético, a Solar Orbiter também coletou dados sobre a velocidade dos materiais solares ejetados no espaço, utilizando o instrumento SPICE (Spectral Imaging of the Coronal Environment) para realizar medições Doppler. Essas informações são essenciais para compreender os ventos solares, fluxos constantes de partículas carregadas que emanam do Sol e podem afetar o clima espacial e, consequentemente, a tecnologia na Terra. A missão da Solar Orbiter continua a fornecer dados valiosos que ajudarão os cientistas a desvendar os mistérios do Sol e sua influência em nosso sistema solar.
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