Itália sob suspeita: Ativistas de imigração alvos de spyware, mas jornalistas não

Uma investigação parlamentar na Itália lançou luz sobre o uso de spyware pelo governo, especificamente o software Graphite, desenvolvido por uma empresa israelense. O relatório, divulgado recentemente, aponta que ativistas de imigração foram alvos de vigilância através de seus telefones, gerando preocupações sobre a privacidade e o uso indevido de tecnologias de espionagem.

A investigação buscou esclarecer a extensão do uso do Graphite e se jornalistas também foram alvos. Embora o relatório conclua que ativistas de imigração foram monitorados, ele não encontrou evidências de que jornalistas tenham sido espionados utilizando o mesmo software. A falta de informações detalhadas sobre as justificativas para o uso do spyware e os critérios utilizados para selecionar os alvos levanta questões sobre a transparência e a legalidade das ações do governo.

O caso reacende o debate sobre o equilíbrio entre a segurança nacional e os direitos individuais, especialmente em relação à vigilância digital. A utilização de spyware como o Graphite, capaz de acessar mensagens, dados de localização e outras informações pessoais, exige um controle rigoroso e mecanismos de supervisão independentes para evitar abusos e proteger a liberdade de expressão e o direito à privacidade. O episódio serve como um alerta sobre os riscos associados ao uso indiscriminado de tecnologias de vigilância e a necessidade de regulamentação clara para proteger os direitos dos cidadãos na era digital. A investigação parlamentar, embora parcial, demonstra a importância da transparência e da responsabilização no uso de ferramentas de espionagem pelo Estado.

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