A Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) anunciou mudanças significativas nos padrões de qualidade da água potável, estabelecidos pela administração Biden. A medida, que visa regular a presença de substâncias perfluoroalquil e polifluoroalquil (PFAS), os chamados ‘químicos eternos’, na água que consumimos, sofreu alterações importantes.
Originalmente, as regras estabeleciam limites para cinco tipos de PFAS: PFOA, PFOS, PFNA, PFHxS e HFPO-DA. No entanto, a EPA decidiu manter os limites apenas para PFOA e PFOS, considerados os dois tipos mais comuns desses compostos. A exposição a esses químicos tem sido associada a diversos problemas de saúde, incluindo câncer, danos ao fígado e asma. Os limites máximos para PFOA e PFOS permanecem em 4 partes por trilhão.
A agência justificou a decisão afirmando que as mudanças visam reduzir o ônus sobre os sistemas de tratamento de água e os custos para os consumidores, sem comprometer a proteção da saúde pública. Além disso, a EPA estendeu o prazo para que as empresas de saneamento se adequem às novas normas, adiando a data limite de 2029 para 2031. Essa extensão, segundo a EPA, dará mais tempo para que os sistemas de tratamento de água, especialmente os menores e em áreas rurais, desenvolvam planos eficazes para atender aos padrões estabelecidos. A medida representa um desafio complexo, equilibrando a necessidade de proteger a população da exposição a substâncias nocivas com a viabilidade econômica e operacional dos sistemas de saneamento. O monitoramento e a pesquisa contínua sobre os efeitos dos PFAS na saúde são cruciais para orientar futuras decisões e garantir a segurança da água potável.
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